27 maio, 2017

Escravidão


Pele que se dissolve na demência dos desejos, na relutância das palavras não ditas, mas sentidas até ao esgotar de todas as letras. Sons emitidos entre lábios que se pressionam na tentativa de omitir em si o grito do prazer descontrolado.
Derreto me em flashes delirantes das tuas mãos que se perdem em mim, esculpindo detalhadamente os porquês da nossa existência neste espaço temporal. 
O teu corpo como solo árido, envolto agora em fertilidade quando o meu magnetismo te atrai os sentidos. Quando os meu sentidos mergulham involuntariamente nos teus.
Neste entrelaçar impetuoso de quereres inadiáveis, presos ao aqui e agora. Ao que se quer urgente. Ao que se quer já. 
Escravos da necessidade da fusão dos corpos.

2 comentários:

  1. E eu que sei tanto do que falas...e eu que sei tanto do que sinto...e eu que sei...desse querer que tanto quero.

    beijo no coração

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    1. Minha querida Ártemis...

      E eu que te compreendo tão bem.

      Beijo no ♡

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