24 abril, 2017

Paradoxo


Quero caber nos teus braços, mas sou infinita.
Quero ser o sol que nasce no horizonte e te toca a pele numa manhã gelada e cinzenta de Janeiro.
Sou quem te eleva ao céu mas que te coloca de joelhos aos meus pés.
Sou o direito do lado mais avesso da tua vida.
Danço ao som do silêncio e desfruto da tranquilidade no meio da multidão.
Quero que penetres em mim sem me tocar. Abro te a porta mas sem intenção de te deixar entrar.
Sou a paz delirante. A virgem prostituta.
Sou a Santa e o Demónio. A fiel pecadora. 
A causa e a cura.

8 comentários:

  1. isso de entrar sem entrar é um pouquinho limitado, não? se calhar é impressão minha, que gosto dessa ideia de fiel pecadora

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    1. Não é limitado, é contraditório, paradoxal...
      E do que não gostas tu, Toninho?

      Beijo

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  2. De facto Joana...pensando bem...acho que todos temos e sofremos ...desse tal do paradoxo...
    Por vezes muitas vezes com a mascara e poucas sem... :)
    Beijos VORAZES

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    1. A máscara, a que tudo esconde, a que tudo protege...

      Beijo escondido

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  3. e como somos mais nós mesmos...nos paradoxos

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